A apresentadora Ana Clara Paim utilizou as redes sociais, nesta segunda-feira (07/12), para se pronunciar sobre o vídeo com conteúdo impróprio e sexual envolvendo o colega de trabalho, o humorista Seu Waldemar. Ana Clara e Waldemar Neto dividem a apresentação do programa “No Balaio”, da TV Anhanguera, desde maio de 2019.
Ana Clara se solidarizou com a garota exposta no vídeo e alegou que ela e Waldemar “não são amigos”. Também disse que “não vai” e “não quer passar pano” para esta história.
“Não precisa ser feminista, como eu sou. Basta ser humanista para repudiar uma atitude dessa. É só você ter compaixão pelo próximo, o mínimo de respeito para entender que, mesmo que essa situação não fosse exposta, já seria um respingo da masculinidade tóxica na qual a gente convive por muito tempo e que só se continua porque situações como essas são sempre bem sucedidas e acontecem em off. E pelo fato da gente dar palco e voz a personalidades nos vendem o que querem e o que a gente não busca conhecer a verdadeira opinião”, afirma a apresentadora.
Em outro trecho, Ana Clara revela ter cortado relações com o colega de trabalho há algum tempo. “A gente não tem muita proximidade. Não mais. Por ‘n’ outros motivos, mas nunca me coube torná-los públicos e continuo com a intenção de não torná-los públicos porque eu acredito muito que a gente tem que seguir o nosso [caminho], fazer o nosso e o que é nosso está guardado”, assevera.
Ana Clara Paim afirma que foi cobrada nas redes sociais por um posicionamento e que a mesma não iria “passar pano” para a atitude do colega de profissão. “Inclusive sei que tem consequências. Isso foi um crime! E temos que sofrer com as consequências de nossas atitudes. […]Não estou de acordo. Não estou do lado. E é muito complicado você fazer parte de uma coisa que essa coisa fere aquilo que você representa e a casa que você defende”, continua.
A apresentadora ainda manda um recado para todos os homens diante de casos de assédios e cita até o recente caso do ex-global Marcius Melhem, que está sendo acusado de assédio sexual por diversas humoristas, como Dani Calabresa. “Escutem quando a gente fala que tal coisa é assédio, que a gente não gostou. Esse ‘mimimi’ é necessário para que a gente mude e perceba que esses episódios são retratos de uma cultura escrota na qual a gente, felizmente, está conseguindo mudar, justamente por causa disso, por ter voz”, dispara.
“E, meninas, saibam que esse tipo de atitudes, apesar de serem muito recorrentes, não [devem] te fazer ficar com vergonha. Quem tem que ficar com vergonha é quem faz. Então, fale! Fale com suas amigas, denunciem! Não se calem, seja quem for, Marcius Melhem, seja qualquer pessoa. Seja a fama que tiver. Não se calme! Só assim, om esperança e com sorte, a gente descontrua, cada vez mais, essa masculinidade tóxica e escr**a”, diz.
Ela também pede para que o vídeo da jovem exposta nas redes de Waldemar não seja divulgado ou compartilhado. “Ela não queria ser exposta para mais uma pessoa. A gente pode falar de uma atitude, mas sem causar maiores constrangimentos”, sublinhou.
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