O racismo enraizado na escravidão não desapareceu no Brasil – e levou tempo até que sua existência fosse reconhecida.
Inscreva-se em nosso canal! https://www.youtube.com/channel/UCy0BAkpw22or4oxo0RFCzcw
O Brasil importou mais escravos africanos que qualquer outro país no mundo: mais de 4 milhões de pessoas. Apesar da ancestralidade de grande parte da população, o desenvolvimento de uma identidade negra no país foi inibida após a abolição da escravatura em 1888.
O país não teve um sistema como o apartheid da África do Sul ou as leis de Jim Crow dos Estados Unidos, e sua população miscigenada era vista como um símbolo de harmonia racial. A ideia de que o Brasil era uma "democracia racial" afetou como brasileiros viam o papel da raça em suas vidas – até que esse mito foi desconstruído.
“Várias pessoas viveram com certos privilégios por terem um tom de pele mais claro, mas sofrendo um pouco de discriminação e sem entender o porquê,” explica Thiago Amparo, advogado e professor de Políticas de Diversidade. “Apenas ao entender a história do Brasil, a construção [social] da branquitude e sua própria ancestralidade negra, elas passam a se identificar como pretas.”
O aumento no número de brasileiros que se autoclassificam como pretos foi resultado da luta do movimento negro pela denúncia do racismo no Brasil e pela divulgação de referências positivas de negritude. Muitos avanços foram obtidos nas últimas décadas, como a implementação de ações afirmativas. No entanto, os desafios continuam. Setenta e cinco por cento dos mortos pela polícia no Brasil, em 2019, eram negros – e os indicadores socioeconômicos dessa população ainda se distanciam muito dos de brancos.
Comentários
Postar um comentário