Como revelou O GLOBO, em uma reunião entre Eduardo Bolsonaro e um alto funcionário do governo da Argentina em maio, o filho do presidente, que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara e atua como representante informal do governo no exterior, conversou com um alto funcionário sobre o cenário eleitoral argentino e perguntou como o Brasil poderia colaborar com a campanha pela reeleição do presidente Macri.
Segundo contou outra alta fonte argentina, a resposta do funcionário de Macri foi taxativa: “Relacionem, sempre que possível, a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) com a Venezuela”.
Isso foi exatamente o que fez o presidente brasileiro em sua primeira visita de Estado à Argentina . E o pedido feito pelo funcionário argentino ao deputado Bolsonaro inspirou um dos pontos escritos pelo filho do presidente nos papéis que trouxe a Buenos Aires como uma espécie de roteiro da visita de Estado de seu pai.
Uma de suas anotações dizia “que Brasil e Argentina não virem novas Venezuelas ”. No caso da Argentina, isso significa, em outras palavras, pedir aos argentinos que não votem pelo retorno de Cristina ao poder..
Embora a senadora tenha decidido ser candidata à vice, deixando a candidatura presidencial nas mãos de seu ex-chefe de gabinete, Alberto Fernández, a eleição já está polarizada entre Macri e sua antecessora.
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